Durante
a vida adquirimos hábitos que podem ser bons ou maus cabendo a cada um fazer o
julgamento e a escolha dos que devem ser cultivados e aperfeiçoados e dos que
devem ser repudiados e enterrados, e manias que por norma são prejudiciais já
que são sinônimos de esquisitice, obsessão, vício.
São
estes dois elementos que ao se incorporar sorrateiramente à nossa maneira de
ser irão delinear nossas ações que por si poderão escrever o nosso futuro.
Acabam,
pois por constituir-se em atos rotineiros, quase mecânicos e imperceptíveis,
que formarão nossa personalidade e a percepção daqueles que fazem parte de
nossa convivência.
Mas
em algum momento, seja por necessidade, seja por insatisfação surge o desejo de
mudança, a guinada, A HORA DA VIRADA.
Mas
como tomar aquela atitude que poderá mudar toda a sua vida? Como sair do espaço
seguro em que ocorre pouco ou nenhum risco e partir para o desconhecido?
Alguns
preferem adiar a mudança indefinidamente e permanecer onde estão. Não é o momento. Não estou preparado. Tudo a
seu tempo. São alguns dos chavões que repetem para si mesmos.
Porém
a tendência é de que a mesmice do dia a dia acabe por gerar a frustração devido
ao sentimento de imobilismo, a incapacidade de mudar, de desenvolver algo de
novo, afetando a autoestima e podendo chegar à depressão.
O poder
de renovação é característico do ser humano, entretanto poucos o utilizam em
sua plenitude pelo risco de algo dar errado na mudança e não encontrarem o
caminho de volta.
Assim
deixam brechas em suas decisões para
que sempre haja a possibilidade de um possível e provável recuo.
Para
estes o sentir-se seguro na maioria das vezes se sobrepõe ao sentir-se
satisfeito, preferem um viver sem riscos e sem sobressaltos.
Alguns
assim permanecerão enquanto puderem, outros seja por não mais se contentarem
consigo mesmos seja pelo inesperado irão buscar a mudança.
No
entanto haverá forte tendência a deixar aberto a brecha para o caminho de volta
em razão do lugar comum ser menos propenso ao desconhecido e dos hábitos e
manias já enraizados na sua forma de ser.
Dessa
forma certamente as mudanças serão menos profundas, os efeitos discutíveis e a
probabilidade maior será de retornar gradativamente ao viver anterior, correndo
o risco do fato gerador daquela necessidade de mudança retornar de forma ainda
mais avassaladora.
Como
então enfrentar os desafios de uma mudança plena e transformadora sem cair na
tentação de avançar menos do que deveria a fim de garantir uma rota de fuga ou
o caminho de volta?
Para
impasses como esse vale buscar episódios históricos de pessoas que tomaram
decisões extremas para garantir a eficácia de suas ações.
Um
evento histórico ocorrido no século XVI demonstra uma opção extrema para que os
encarregados de executar o grande desafio, o fizessem sem qualquer brecha ou
possibilidade de optar pelo caminho de volta.
Trata-se
da conquista do México, onde o explorador espanhol Hernán Cortés desembarcou
em solo mexicano com um contingente bem menor de soldados do que seus
opositores tendo mesmo assim conseguido surpreendente vitória contra um número
bem maior de guerreiros do império asteca, isso após duas tentativas
fracassadas.
Como
conseguiu tamanha façanha? Eis o segredo: sabendo da inegável desvantagem o que
faria com que seus comandados entrassem na batalha admitindo a derrota,
tentados a pelejar com o foco dividido entra a batalha e a possibilidade de fuga,
ordenou que sua frota de onze navios fosse destruída eliminando qualquer
possibilidade de recuo.
Dessa
forma só houve uma direção: o avanço. Só houve um foco: a batalha.
É certo
que por vezes há necessidade de um recuo estratégico, de retornar ao ponto de
origem para examinar os últimos acontecimentos.
Porém
tal recuo deve acontecer para reexame de nossos passos, para saber o que o
ocasionou, recarregar as forças e retornar à empreitada e não como uma fuga ou
uma desculpa para continuar a agir da mesma forma, sabendo que sua consciência já
o fez perceber que sua capacidade e seus anseios estão além daquele ponto.
No
momento da decisão crucial e posterior tomada de atitude esta deverá ser reta,
plena, no grau necessário e em sentido único, direcionada ao objetivo, e para
romper com a acomodação, as desculpas e os receios por vezes temos sim de “queimar os navios”, ou seja, eliminar a
trilha do caminho de volta.
O passo
decisivo, sem retorno representa a sua libertação e o rompimento com o círculo
vicioso da acomodação.
Se
algo em si diz que é o momento de mudar, se as circunstâncias apresentam a
mudança como única chance de crescimento, DÊ O PASSO ÚNICO, TOME A DECISÃO,
QUEIME OS SEUS NAVIOS.
TENHA
O SEU MOMENTO, foco absoluto, sem rodeios, sem prisões emotivas.
Não
negocie com suas manias e velhos hábitos, eles fazem parte da página que você
quer virar.
O
MOMENTO, o ponto sem volta representará o eixo da mudança, abrirá novas
perspectivas e o colocará de volta ao estado de suprema evolução.
Mudamos
a cada instante, trata-se do inevitável, porém aqueles que chamam para si a
responsabilidade de tomar a frente de suas transformações revigoram-se na sua
essência, renovam suas ideias, rompem com as amarras do passado e sabem que boas
lembranças não aprisionam.
O ser
renasce cada vez que sua mente se abre para novos desafios estando convictos de
que as batalhas serão vencidas ao evocarem em si o GUERREIRO IMPLACÁVEL, aquele
que não olha para trás e que sabe que para alcanças os louros da vitória contra
si mesmo, a maior de todas as batalhas o lema é VENCER OU VENCER.
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