Muitos demonstram
inconformismo com o desenrolar de sua história, não se conformam com
dificuldades que para estes nunca acabam, se veem como seres preteridos pela
sorte, pelas benesses do mundo.
Se acham injustiçados
principalmente aqueles que cumprem seus horários, suas responsabilidades,
acatam o que lhes é colocado sem criar maiores obstáculos, mas se sentem
insatisfeitos principalmente quando o semelhante por vezes mais jovem e com
menos tempo de estrada, se iguala em sua posição e até o supera.
Não atentam porém para uma
máxima muito repetida mas nem sempre entendida de forma ampla e clara.
“Colhe-se
aquilo que se planta”. A questão de plantar ou semear, vista por
esse ângulo, não se trata de opção ou alternativa – plantar ou não – o tempo
todo plantamos e o tempo todo colhemos.
Mesmo que por ventura o ser permaneça
inerte ou se omita diante de determinada situação ou decisão, semeou a inercia
e receberá proporcionalmente a sua semeadura.
Faz-se necessário que
atentemos para esse fato em todos os momentos de nossa jornada terrena,
principalmente quando nos vermos compelidos ao lamento ao queixume e ao
inconformismo.
Quando assim procedemos
também estamos semeando, e nada do que seja semeado, seja bom ou mal, deixa de
brotar no solo universal.
Se semeou a insatisfação, o
mal estar em nosso solo vibracional fará com que este se alastre por vezes
mais rápido de que perceber acabando por danificar o solo fértil do viver, que estava devidamente adubado para as sementes da esperança , da
alegria, do amor e do bem estar.
Assim quando o individuo se deixa
impregnar pelas ervas daninhas da negatividade e do medo, terá de promover uma
ampla limpeza em seu solo mental, e aos poucos restabelecer o solo fértil para
as sementes benéficas da positividade e coragem.
Tal reflexão serve para
conscientizar a todos que a omissão ou a inercia, não livrarão o individuo do
resgate ou da colheita.
O ser humano possui a
capacidade de planejar, estruturar e executar, diferentemente dos demais seres
vivos que cumprem o seu papel na forma engendrada pela perfeita sincronia da
natureza, por instinto de procriação e sobrevivência.
Ao ser humano foi lhe dado o
poder de agir e a independência, capaz de antever, criar, aperfeiçoar, sem um
roteiro prescrito, pronto para inovar a cada dia.
Mas com o poder vem a
responsabilidade.
A colheita sempre ocorrerá
independente de nossa vontade.
As sementes serão lançadas
seja por atitudes planejadas e conscientes, seja por nossos impulsos ou para
onde as circunstâncias nos levarem.
Cabe a nós semeadores,
escolhermos cautelosamente e com responsabilidade nossas sementes, adubarmos
nosso solo, fertilizando-o com sentimentos e pensamentos de grandeza e de
valor.
Manter a consciência que
cada momento de nossa jornada, seja por atos, palavras ou pensamentos
representa a peneiração, a escolha da semente que será semeada ou descartada.
Concluindo: a colheita é
obrigatória e inevitável. Cabe-nos lembrar porém que se temos a
responsabilidade perpetua de semear plantar e colher, temos a dádiva de por meio
de nossas escolhas acertadas, nossos sentimentos mais puros, fazer frutificar e
resplandecer o que há de melhor no conjunto e na convivência entre as partículas
universais inteligentes, como o respeito mutuo, o amor ao próximo e todos os
sentimentos e ações que fazem parte da grandeza das ideias e atos nobres
oriundos do raciocínio sincero, qualificado e magnânimo inerente a inteligência
universal.
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