Há momentos na vida em que
nos achamos sem saída, parece que não há nada a fazer a não ser permanecer prostrado
assimilando o desgosto e a decepção ou aguardando que um novo acontecimento
fortuito venha debelar aquela situação indesejável.
Nesse momento sente-se
falta de um conselheiro, uma voz amiga capaz não só de nos dar alento mas também
nos indicar de forma simples o caminho a seguir.
Quem não gostaria de
contar com aquele mestre sábio, normalmente ancião visto em filmes que tem
resposta para tudo, sabendo sempre o que dizer ou fazer e dizendo as palavras certas
nas horas certas?
Não estamos no entanto na
ficção, e no mundo real mesmo que possamos contar eventualmente com um
confidente ou um ombro amigo, ninguém conhece melhor nossas dificuldades do que
nós mesmos, e por melhor que seja o conselho a decisão será sempre nossa.
O que muitos não percebem,
é que todos temos sim um conselheiro, uma voz que tanto alerta em um momento de hesitação ou impulso negativo, como enaltece
por meio da sensação de bem estar quando fazemos o correto ou estamos no
caminho certo.
Ocorre que dada a sua
sensibilidade, e tendo em vista que necessita de condições mínimas de sintonia,
nem sempre consegue se fazer ouvir, e muitas vezes é até ignorado.
Falamos da CONSCIÊNCIA que
não obstante as várias definições que lhe são dadas, significa em seu sentido
mais profundo a manifestação de nós para nós mesmos, ou seja o entendimento do eu superior em relação ao momento
terreno, que devidamente captado poria fim à qualquer dúvida pertinente à ação
e reação.
Poucos no entanto sabem
utiliza-la de forma absoluta e adequada, preferindo manter-se inerte e aguardar
um desfecho circunstancial ou simplesmente apostando na “ação da maioria”, abrindo mão de sua individualidade e de toda a
sua potencialidade em encontrar o seu próprio caminho.
Ao longo dos anos estudiosos
e psicólogos buscam um significado para o termo CONSCIÊNCIA capaz de abranger toda
a sua profundidade.
No entanto sua definição
completa ainda é uma incógnita para a maioria, e para alguns trata-se de mera
diferença entre estar acordado (consciente) ou dormindo (inconsciente).
Porém basta um estudo mais
apurado e logo se percebe que a CONSCIÊNCIA vai muito mais além.
O psicólogo americano Arthur
Janov, expõe o significado de CONSCIÊNCIA de uma forma simples e ao mesmo tempo
abrangente:
“Consciência
significa pensar o que sentimos, e sentir o que pensamos...”
Tal afirmativa significa
que o uso da CONSCIÊNCIA não se aplica a esta ou aquela situação, não tem
horário pré-determinado e nem um único momento.
“Pensar
o que sentimos” significa termos a exata noção do que
representa cada sentimento e suas consequências a partir do momento em que
deixamos fluir suas vibrações.
Significa portanto,
acionar a razão e a força de vontade não deixando que uma emoção momentânea se
sobreponha a nossos princípios, nossas convicções, nossa maneira correta de ser
e nossos objetivos.
O estado de consciência
plena se aplica a tudo que diz respeito à nossa jornada terrena.
Ao colocar a CONSCIÊNCIA
como fator determinante de nossas decisões, estaremos como dito acima “sentindo o que pensamos” o que nos fará
agir com a força da razão aliada à força da alma.
Concluindo o raciocínio:
ser consciente significa o ato de “ser”
em toda a sua essência, ou seja, a capacidade de se buscar e agir como representação
universal em todos os momentos do seu viver.
O MESTRE que habita em
todos nós irmana-se à sabedoria universal, possui a calma e a serenidade dos
grandes sábios e está pronto a nos ladear em toda e qualquer circunstância,
desde que estejamos abertos para recebe-lo.
Mais do que uma conexão
com o Todo, podemos dizer que a CONSCIÊNCIA é em seu sentido absoluto o próprio
Universo se manifestando através de nós.
A CONSCIÊNCIA É O MESTRE,
O CONFIDENTE, O CONSELHEIRO. Não precisa de chamado nem de horário específico,
só precisa que a deixemos emergir naquele segundo de elevação e desprendimento,
posto que ela e nós somos um só.
Fernando Vaz
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