Os noticiários dos
primeiros dias de 2017 nos mostraram fatos que preferíamos não ter visto, tais
como tragédias ocorridas em razão de violência desmedida, crimes, chacinas e
atentados injustificados.
É
a natureza humana em sua forma mais primitiva testando a nossa tolerância, o
que torna impossível que não haja uma reação ainda que em pensamento. Sobre
tal reação vale a pena refletir.
Quando
ouvimos tais relatos temos o natural sentimento de repulsa, influenciando ainda
que momentaneamente nossa maneira de ser e de enxergar o mundo e os nossos
semelhantes.
A
pergunta é: até onde vai essa influência, e até onde ela nos faz chegar perto
da natureza primitiva que falamos acima?
A
resposta está não só na nossa reação, mas também no encaminhamento que damos
àquelas imagens e palavras absorvidas.
Talvez
muitos não saibam, mas a partir do momento em que estamos lendo, assistindo ou
presenciando determinado acontecimento, já estamos fazendo parte dele.
Não
é exagero dizer que nossa forma de pensar e agir a partir daquele momento será
fator determinante para o desdobramento daquele fato, vez que nossas palavras e
atos também exercerão influência e estarão assim fortalecendo uma tendência que
tanto poderá ajudar a prolongar aquela situação, como colaborar para que esta
seja controlada de forma firme e equilibrada.
Então a
questão é: como fazer a nossa parte?
É certo que a revolta é
imediata ante determinados acontecimentos, mas não pode e nem deve ser
permanente.
Há que haver um limite
em relação a essa influência que falamos no início, e só nós podemos
estabelecê-lo.
A insistência em
comentar e recordar determinada notícia de maneira rancorosa transforma a
compreensível indignação em sentimento de revanche.
Já que a notícia que
ouvimos nos causou tanto mal estar que os responsáveis sejam severamente
castigados!
Quem nos deu tamanha
autoridade? Nosso entendimento precisa ir muito além de uma revanche.
Devemos vibrar de forma
firme e segura para que tudo se esclareça da melhor forma possível – para o bem
estar geral e não unicamente para nós – que os comprovados responsáveis sejam
legalmente punidos se for o caso, mas para que outros não venham a cometer os
mesmos erros e não para que os demais se regozijem com o seu castigo.
Só com esta forma de
pensar conseguiremos sair da BOLHA NEGATIVA e voltar a respirar ares sadios,
fazendo com que se restabeleça o mais rápido possível o bom ambiente para nossa
caminhada do dia a dia, assim como estaremos cumprimento nossa responsabilidade
de trabalhar e pensar em prol do bem.
Sabemos que nada é
duradouro, que tudo muda o tempo todo, mas está em cada um de nós fazer
perdurar o que de fato nos estimula, e redirecionar com toda a força de nossa
vontade e nosso raciocínio aquilo que nos chocou ontem, nos despertou hoje e
irá daqui pra frente servir de arquivo para que saibamos o que fazer e não
fazer, nos aperfeiçoando e melhorando cada vez mais como indivíduo, como ser
humano, como cidadão e como essência.
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